Encaro a lua, Branca de Neve fora da ficção, Branca ferida que habita o frio da noite. Longe de mim tal como meu amor. Onde está o meu amor, seja ele quem for? O frio da madrugada clara da lua cheia acaricia meu peito, enche meus pulmões e me faz procurar dentro de mim o amor. Sei que me falta gps pra essas coisas do coração, ele possui muitos labirintos e eu que já sou perdida por natureza...

Dos anos que se passaram num só

É bem verdade que há coisas na vida que fazem a gente crescer e amadurecer, assim como a própria vida. Isso acontece, às vezes, num bater de asas, como no efeito borboleta. Foi assim que me vi transpassar anos em apenas alguns meses.

Parei de escrever, ao menos para o público. Foi preciso que fosse assim, além do quê, a covardia me tomou. Medo do que vão pensar, do que vão dizer, do que vão achar. Que se dane os “achismos” alheios. Amadureci o suficiente pra dizer um FODA-SE enorme pro mundo e viver ao meu próprio modo.

Vejo a sociedade que julga e vejo a sua ignorância ao me ver ingênua.  As pessoas que me conheceram em outras épocas se assustam ao me ver, reclamam que eu sumi. Não sumi não, pessoas! Apenas me recolhi para um mundo melhor, meu mundinho é, agora, bem mais feliz. Só me encontro em presença de bem-quereres e em lugares que me acolhem. Claro que há outros bem-quereres que sinto falta, mas aos poucos vou arrumando minha vidinha e voltando pra cada um deles. Restaram saudades, mas foi preciso ser assim. Foi preciso para que eu mudasse...

É. Eu mudei, evolui. A minha mente se abriu ainda mais, a vibe melhorou do lado de cá. O amor voltou a reinar, amo o mundo com a mesma intensidade de outrora... Amo a vida, acredito nas pessoas e em seus potenciais. Renasci feito fênix pra felicidade.

 

Eis a nova Mariana (ou Mari, rs). Acostumem-se ^^

Bom, agora é voltar a desabafar nessa página pra descansar os ouvidos amigos, porque né?

Beijo, seus lindos!

Eu não sei cadê a minha boneca!

..Cadê a minha boneca? Dela eu não sei. Não sei onde está seu lacinho vermelho, nem seu vestidinho rosa. Procurei minha boneca debaixo da cama, bem onde morava aquele monstro horrendo, lá ela não estava. Cacei-a perto do quintal, bem junto a laranjeira onde eu costumava brincar, o lugar estava vazio. Fui atrás dela lá no quarto da mamãe, achei que ela só podia estar lá, e não estava. '- Mãããe, cadê minha boneca? Eu não sei cadê minha boneca!'

É mãe, preciso da minha boneca...

Se sorria, o sol brilhava.
Eu chorava,
Não acabava.

Se chorava, a lua aparecia.
Eu agradecia
A noite que enegrecia.

Éramos assim
Rimas soltas, que combinavam
(às vezes)
Mas que se amavam
bem mais que outrora...
Eu à ele,
Ele à mim.

Giraflor

Gira a flor pro sol.
Gira o sol pra flor.
Como é mesmo
Esse tal de amor?

Diálogo?

Pessoas caóticas, psicóticas, revoltadas e surtadas invadiram meu pensamento sem pedir licença.

Eu: - O que as trazem por aqui?

Elas: - Viemos tomar o que é nosso por direito.

Eu: - Mas de onde tiraram essa ideia louca?

Elas: - Da sua realidade.

Eu: - O pensamento é meu, saiam daqui!

Elas: - Vamos ficar. E você terá de agir como nós queremos, como nós fazemos...

Eu: - Nada disso. Imagina se eu seria capaz de cometer tais e tais loucuras..?

Elas: - Será!

Eu: - Não posso!

Elas: - Não nos importamos. Surte você também! Já tá mais do que na hora de você aderir ao senso comum. Tá pensando o quê? Tá achando que é revolucionária, é? Rainha da carne seca!

Eu: - Ei, olha o tom comigo! Sou aquilo que quero ser, e vocês saiam já daqui! Além do mais, eu não me curvo à ideia alguma que não me satisfaça.

Elas: - Você não terá a opção da escolha!

E eu fui. Surtei e feito louca andei e, perdidamente cansada, perambulei pelas ruas imundas com os pensamentos absortos em sonhos pueris e cantigas de ninar...