31 de janeiro de 2012

Quero escrever de amor

Pegar a caneta e tocá-la no papel como num carinho. De leve, eu quero sentir a caneta deslizar sobre a fina folha e criar curvas. Quero ver se formarem letras caprichadas com o fim de fazer brilhar os olhos de quem pode vir a lê-las. Eu não sei dizer o que vou dizer sobre o amor, o sentimento-mor, o que rege os homens, o que arde sem se ver. Eu só sinto vontade de dizer, dizer por palavras escritas, muito mais do que sons que se perdem ao vento, dizer que é muito mais do que você consegue expressar esse tal de Amor.

Quero escrever de amor e ver a caneta chegar ao fim de seu carinho, deixando a folha de papel linda, enfeitando-a de uma borda à outra, decorando cada espacinho que estivera outrora branco. E assinar no cantinho direito meu nome, pra que alguém (ou ninguém) saiba quem foi que pensou essas tais maluquices tão piegas de um sentimento tão mais piegas ainda. É preciso dizer que quero escrever de amor, mesmo sendo a missão mais complexa para qualquer um que se arrisca a escrever, eu só quero escrever de amor. Quero escrever de amor porque você me dá vontade de escrever de amor.


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